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03/04/2023

CBPM quer R$ 12 bi por danos à ferrovia

CBPM quer R$ 12 bi por danos à ferrovia

Difícil, talvez impossível, quantificar com precisão quantas escolas, hospitais, ações de combate à fome e ao feminicídio, entre outras obras e prestações de serviço de inegável alcance social poderiam ser noticiadas com R$ 12 bilhões.

Este é o montante reivindicado pela Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral (CBPM), a título de indenização para o Estado da Bahia, com base nos cálculos preliminares relativos ao prejuízo supostamente causado pela companhia VLI Multimodal, devido aos 1.800 quilômetros da Ferrovia Centro-Atlântica inutilizados ou sem investimentos no período de permissão da empresa.

A agência reguladora vinha tentando prorrogar o contrato por mais 30 anos, conforme pauta das reuniões desde 2019, mas subitamente os gestores da empresa comunicaram não terem os investidores mais interesse na Bahia, onde a VLI começou a administrar a ferrovia em 1996.

– Estão preocupados com um movimento que iniciamos: ou eles devolvem tudo funcionando, inclusive vagões locomotivas, ou pagam. Eles pensam em algo em torno de 2 bilhões, eu falo em 10 a 12 bilhões, sou pretensioso–  afirma Antonio Carlos Marcial Tramm, presidente da CBPM.

Marcial Tramm afirma ter enviado mais de 15 ofícios denunciando e cobrando relatórios do Capital ferroviário, mas agora admite uma “solução negociada entre governos federal e estadual, VLI, empresários, investidores e fundos”.

De acordo com o principal líder da atividade mineral, dono de uma longa folha de serviços prestados à economia baiana, notadamente nos últimos quatro anos, é necessário, agora, uma maior mobilização da sociedade civil para a Bahia não ficar no prejuízo.