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01/12/2022
Brasil pode ficar sem capacidade para movimentação de contêineres em 10 anos, diz diretor de empresa do setor
O diretor de Investimentos da TiL (Terminal Investment Limited), Patrício Júnior, afirmou que o país ficará, em 10 anos, sem capacidade para movimentar contêineres nos portos.
A afirmação foi feita no evento Painel 2022 - Pacto Pela Infraestrutura e Eficiência Logística, realizado em Brasília. Júnior afirmou que defenderá junto ao atual governo, com o qual teve encontro com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, no mesmo dia, a necessidade de segurança jurídica para trazer US$ 2 bilhões em investimentos para o país.
Ele pediu que seja feita a licitação do STS10, novo terminal de contêineres no porto de Santos (SP), e a concessão do porto de Itajaí (SC), onde também há um terminal de contêineres. A falta de espaço para movimentar contêineres em 10 anos, informada por ele, é baseada em projeções da própria empresa. Para o diretor, é preciso reverter a mentalidade de investir apenas quando falta a capacidade.
A TiL pertence ao grupo de navegação MSC e trabalha a favor de que não haja restrições à operação verticalizada de armadores e terminais no país, o que na visão das empresas traz benefícios da ampliação da capacidade de investimentos e ganhos de escala repassados ao consumidor.
Empresas e terminais que operam sem estarem associados a armadores contestam, indicando que o processo em curso é uma cartelização e denunciam abuso de poder de mercado por parte dos armadores e seus terminais controlados.
O diretor-geral da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery, presente ao mesmo painel, alertou que é importante concluir o processo de concessão de Itajaí e defendeu a ampliação dos investimentos no setor para evitar gargalos logísticos no país nos próximos anos.
Fonte: Agência iNFRA