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03/10/2022
O que esperar de Bolsonaro e Lula para o setor de transportes?
O primeiro turno das eleições ficou muito marcado pelas discussões de cunho ideológico e relativas a denúncias de corrupção, especialmente relacionadas aos dois candidatos que vão para o segundo turno. Houve pouca discussão sobre ideias, especialmente as relacionadas ao setor de infraestrutura, nas entrevistas, debates e programas partidários.
O PT apresentou um programa de governo genérico ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e prometeu, caso houvesse segundo turno, entregar propostas mais específicas para os setores, inclusive nas áreas de transportes e logística e de energia.
Esse programa deve ser fortemente baseado nas discussões feitas ao longo dos últimos meses no chamado NAPP (Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas), ligado à Fundação Perseu Abramo, do PT, que trabalha numa proposta de retomada dos investimentos no setor. O documento de transportes está neste link e indica algumas mudanças de rota em setores importantes, mas ressalta a necessecidade de manter parcerias com o setor privado e ampliar o gasto público no setor.
O programa de Bolsonaro ao TSE não foi menos generalista que a proposta do adversário em relação aos temas de transportes e energia, colocando esses setores como parte de uma estratégia de desenvolvimento e geração de empregos para o país, mas sem entrar em especificidades sobre o que será feito.
O que ficou indicado é que será dada continuidade aos projetos já em andamento. E Bolsonaro sinalizou numa entrevista que deve manter o atual ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, no cargo. Não houve a mesma indicação em outras pastas.
Fonte: Agência iNFRA